Os corpos das vítimas do desabamento de uma casa em Criciúma, no Sul catarinense, são velados na manhã desta quinta-feira (7) na cidade. O velório do casal Daiane Eleotéro Osório, de 32 anos, e Adriano Bento de Souza, de 41, além da mãe dele, Valdete Bento de Souza, de 65 anos, ocorre desde a noite de quarta (6) no salão paroquial do bairro Maria Céu.
A residência de dois andares, de alvenaria, ficava em uma região plana do bairro Maria Céu. Ela desabou por volta das 2h de quarta. Nela, também estavam o filho de Daiane, de 15 anos, e Élio de Souza, de 70 anos, pai de Adriano e marido de Valdete. Os dois tiveram ferimentos leves.
O corpo de Daiane será cremado na cidade de Içara. Já os corpos de Adriano e Valdete serão sepultados em Siderópolis, cidade vizinha, na manhã desta quinta. As cerimônias estão previstas para as 9h.
Perícia
Nesta quinta, dois engenheiros do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Florianópolis devem chegar a Criciúma para começar a perícia no local. Segundo o perito criminal e gerente de perícias na regional de Criciúma, Northon Santos Machado, a perícia deve ser complicada e demorada.
Nesta quinta, dois engenheiros do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Florianópolis devem chegar a Criciúma para começar a perícia no local. Segundo o perito criminal e gerente de perícias na regional de Criciúma, Northon Santos Machado, a perícia deve ser complicada e demorada.
"É uma perícia complexa, tem que ser analisada toda a parte de documentação, de planta. Remover todo aquele entulho não será fácil. Será feito em etapas: primeiro um reconhecimento, máquinas de remoção, avaliar a estrutura, a fundação, o terreno. Então é realmente uma perícia complexa", avalia.
Suspeita de falha estrutural
"Acredito que tenha sido problema estrutural porque as dimensões das vigas, através das fotos que vimos, eram bem finas. Alguns engenheiros, voluntariamente, também viram as fotos e disseram o mesmo, mas nada consolidado, vamos aguardar os laudos do IGP para ver se confirma", explica Ângela Melo, coordenadora da Defesa Civil municipal.
"Acredito que tenha sido problema estrutural porque as dimensões das vigas, através das fotos que vimos, eram bem finas. Alguns engenheiros, voluntariamente, também viram as fotos e disseram o mesmo, mas nada consolidado, vamos aguardar os laudos do IGP para ver se confirma", explica Ângela Melo, coordenadora da Defesa Civil municipal.
Segundo ela, a casa residência era de laje e o telhado de concreto. "Tem o peso, tudo isso. A casa colapsou para dentro. Ainda tem um carro, tem uma moto embaixo desse material todo", afirma.
'Vão deixar muita saudade'
Adriano trabalhava há 18 anos na Cooperativa de extração de carvão mineral dos trabalhadores de Criciúma (Cooperminas) como supervisor de superfície na mina 2, que fica em Forquilhinha. Já Daiane era manicure e atendia em um salão de beleza no Centro de Criciúma, que era de propriedade dela e de outras duas irmãs.
Adriano trabalhava há 18 anos na Cooperativa de extração de carvão mineral dos trabalhadores de Criciúma (Cooperminas) como supervisor de superfície na mina 2, que fica em Forquilhinha. Já Daiane era manicure e atendia em um salão de beleza no Centro de Criciúma, que era de propriedade dela e de outras duas irmãs.
“A Daiane era uma pessoa linda, que se cuidava, uma 'Barbie', cheia de vida sempre. É muito triste. Já chorei a manhã toda”,conta Alessandra Alvarenga, cliente do salão de Daiane há três anos.
“O Adriano, conhecido como Gorfadinha entre seus colegas, era um funcionário exemplar. Uma das lideranças mais respeitadas da empresa, simpático e educado com todos. Vão deixar muita saudade. Estamos perplexos pelo ocorrido”, afirmou o presidente da Cooperminas, Juliano Militão
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