sexta-feira, 22 de maio de 2015

Mas, nestes tempos tenebrosos, de profunda crise ética e de uma quase absoluta carência moral, um juiz íntegro e perseverante pode sim, ser mais que um magistrado, e se tornar um verdadeiro herói.


Enquanto a Excelentíssima senhora presidente da República, Dilma Rousseff se esconde dos brasileiros temendo vaias, xingamento e panelaço, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava é recebido como herói nacional por onde quer que passe.

Ontem, o magistrado paranaense foi ovacionado durante o lançamento de um livro em São Paulo. Ao chegar ao local do evento, Moro foi imediatamente cercado por dezenas de pessoas, que seguravam cartazes e faixas com dizeres “Je Suis Moro” (Eu sou Moro, em francês). Outros, saudavam o Ministério Público, e, como não poderia faltar, também havia cartazes que pediam o impeachment de Dilma. Até um ramalhete de rosas foi entregue ao juiz mais popular do Brasil.

Entre pedidos de entrevista e selfies, Moro estava visivelmente constrangido com o assédio do público. Costuma trabalhar anonimamente, sem as luzes da ribalta. Mas, o escândalo do Petrolão o tornou uma verdadeira celebridade.

Por sua retidão, sua conduta legalista e inflexível com os réus e investigados, Moro tem sido alvo de muitas críticas principalmente dos advogados dos réus e de militantes dos partidos envolvidos no esquema.

Mas, o juiz austero que não se dobra diante das intimidações nem mesmo das ameaças tem o apoio e a admiração incondicionais da maioria da população.

No Brasil de hoje, não é qualquer magistrado que tem as medidas certas de decência, competência, lisura, coragem e resiliência.

Moro tem todas essas virtudes. Para a sorte dos brasileiros e infortúnio dos corruptos.

Depois da aposentadoria inesperada do paladino da Justiça, o ex-ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão, a esperança dos brasileiros na idoneidade da Justiça, no fim da impunidade para os poderosos finalmente renasceu na figura de Sérgio Moro.

Em circunstâncias normais, um juiz seria apenas um julgador, um operador do Direito com o dever de aplicar as leis e nada mais.

Mas, nestes tempos tenebrosos, de profunda crise ética e de uma quase absoluta carência moral, um juiz íntegro e perseverante pode sim, ser mais que um magistrado, e se tornar um verdadeiro herói.


Je suis aussi Moro!

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