quinta-feira, 7 de maio de 2015

Coronel da PM que comandou ação contra professores em Curitiba deixa o cargo Cesar Kogut pediu demissão após o secretário de Segurança Pública do governo Richa dizer que a culpa foi apenas da PM

O comandante-geral da PM do Paraná, coronel Cesar Vinicius Kogut, em foto de 2014 (Foto: Divulgação/PMPR)

O comandante geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Cesar Vinicius Kogut, entregou o cargo nesta quinta-feira (7). Kogut pede demissão uma semana após protesto dos professores terminar em violência e mais de 200 feridos em Curitiba. O coronel Carlos Alberto Bührer Moreira, chefe do Estado Maior da PM, assume as funções interinamente.

Segundo o jornal Gazeta do Povo, Kogut pediu demissão alegando "dificuldades insuperáveis" no relacionamento com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Kogut entrou em rota de colisão com o secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini. Segundo o coronel, o secretário participou de todo o planejamento da operação da PM no dia da manifestação. Em declarações para a imprensa, entretanto, Francischini se eximiu de culpa, responsabilizando exclusivamente o comando da PM.

>> Texto no Facebook complica secretário de segurança do PR

O coronel criticou a postura do secretário, dizendo que Francischini "foi alertado inúmeras vezes" de que a operação de reprimir a manifestação e impedir a entrada dos professores na Assembleia Legislativa poderia terminar com pessoas feridas.

Para o governo de Beto Richa (PSDB), a saída de Kogut é vista como o começo de uma reestruturação na política de segurança. A expectativa é que o próprio secretário Francischini deixe o cargo em meio a essa reestruturação. Segundo a Folha de S. Paulo, isso deve acontecer nos próximos dias.

Crise na PM do Paraná

A crise entre a Secretaria de Segurança Pública do Paraná e a Polícia Militar do Estado é um desdobramento da manifestações dos professores na semana passada. No dia 29 de abril, professores e sindicatos se reuniram em frente à Assembleia Legislativa para protestar contra um projeto do governo Beto Richa que muda as regras da previdência estadual. Uma liminar impedia que os professores entrassem no prédio da Assembleia para acompanhar a votação. A PM barrou a entrada dos professores com bombas, spray de pimenta e balas de borracha e, após mais de duas horas de confronto, mais de 200 pessoas ficaram feridas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...