Uma cadela foi picada por uma cobra venenosa que havia invadido o quintal de seus donos em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, A cobra de 1,10 m é extremamente venenosa, segundo veterinários
O habitat natural da Urutu Cruzeiro é o cerrado, mas, há sete anos, este tipo de cobra começou a ser visto com mais frequência nas cidades
De acordo com a veterinária, é provável que a cobra estivesse passando pela região e, ao ser encontrada pelo cachorro, se sentiu ameaçada e reagiu
Patrícia Camargo, dona da cadela, conta que a família estava em casa quando a cobra invadiu o quintal. A cadela Belinha teria se aproximado da cobra quando foi picada perto da boca
A cadela foi levada a uma clínica veterinária, onde permanece internada há seis dias
É estável o quadro de saúde da cachorra Belinha que foi picada por uma cobra ao tentar defender um menino de dois anos. O ataque aconteceu na noite de 9 de abril na residência onde vive o animal no Bairro São Conrado, em Campo Grande. Desde então, a cadela se recupera em uma clínica veterinária na Capital. Quando chegou, seu estado era gravíssimo. A médica veterinária Ana Carolina Quirino explica que inicialmente foram prestados os primeiros socorros ao animal. A cachorra recebeu um antídoto contra o veneno. Além dos ferimentos, a cadelinha teve um problema renal, por isso, ainda não tem previsão de receber alta. Na quinta-feira passada, data do ataque, a dona da casa, a auxiliar de limpeza Patrícia dos Santos Camargo, 28 anos, chegou em casa com o filho e notou a cachorrinha olhando para a grama, onde provavelmente estava a cobra. A cadela ficava em alerta como se soubesse do perigo e tentava impedir que a mãe ou o menininho chegassem perto da cobra. A família só se deu conta do que estava acontecendo momentos depois quando encontrou a cachorrinha ensanguentada e roxa. Conforme a médica veterinária, a cachorra precisa receber medicação suporte e ficar em observação. A proprietária de Belinha está preocupada com a falta de dinheiro para arcar com o tratamento. A mulher conta que a clínica está ajudando, mas faltam recursos. A cobra que picou a cachorra, a Urutu Cruzeiro, da família da Jararaca. O veneno tem alto efeito necrosante. Apesar de perigosa, o comportamento dela não é considerado agressivo. Conforme a médica veterinária da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Paula Helena Santa Rita, a cobra só ataca se forem pra cima dela, se não ela recua, e diz que o cachorro deve ter ido mordê-la por isso ela atacou. O habitar natural da Urucu Cruzeiro é o Cerrado, mas principalmente nos últimos sete anos, ela tem sido vista com frequência no perímetro urbano. Num único biotério da Capital, já são 89 exemplares recolhidos. Todos foram encontrados na região Oeste da cidade. Entre os especialistas, a pergunta é porque este animal tem deixado o seu habitat natural. Paula Helena informa que está sendo feita uma pesquisa sobre isso, pois ela aparece sempre numa mesma região. (Com informações da TV MS Record)
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