sexta-feira, 10 de abril de 2015

Presos pelo Gaeco promoviam festas para receber meninas, aponta MP

Os empresários Walid Kauss e Antônio Crippa Neto, presos pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante a manhã desta sexta-feira (10), teriam promovido festas com meninas menores de idade. A informação foi revelada ao Bonde pela promotora da 6.ª Vara Criminal de Londrina, Suzana de Lacerda. A dupla é suspeita de integrar o mega esquema de exploração sexual de adolescentes descoberto na cidade no dia 13 de janeiro, quando o auditor fiscal Luiz Antônio de Souza foi preso em um conhecido motel na companhia de uma garota de 15 anos. Suzana não quis revelar quantas meninas teriam mantido relações sexuais com Kauss e Crippa Neto. Ela disse, apenas, que "foram muitas adolescentes e durante muitos anos". 

Conforme as investigações, algumas das relações teriam acontecido durante as festas promovidas pela dupla e por aliciadoras já identificadas pelo Ministério Público (MP). A promotora não quis revelar os locais dessas festas. Walid Kauss é dono de uma imobiliária em Londrina e Antônio Crippa Neto é empresário no município de Cambé.

Gina Mardones/Equipe Folha
Gina Mardones/Equipe Folha - O empresário Walid Kauss
O empresário Walid Kauss


Suzana de Lacerda também não soube informar se os empresários conheciam os outros suspeitos de integrar a rede de exploração sexual. "Os dois têm envolvimento com aliciadoras e meninas que já haviam sido identificadas anteriormente, mas não dá para dizer que eles conheciam os outros suspeitos. Provavelmente a gente vai fazer essa pergunta e, obviamente, eles vão negar", argumentou.

Os policiais do Gaeco cumpriram os mandados de prisão dos empresários e, também, de busca e apreensão nas casas e empresas dos acusados. Informações apuradas pelo Bonde dão conta de que um computador apreendido na residência de Kauss continha fotos eróticas de garotas. O advogado dele, Ronaldo Neves, afirmou desconhecer a existência do material. Ele reiterou, ainda, que seu cliente admite ter se relacionado sexualmente com duas garotas, mas que ambas afirmaram, no ato do programa, serem maiores de idade. Neves deve apresentar um pedido de habeas corpus na próxima segunda-feira (13) para tentar liberar o empresário, que segue detido no quartel do Corpo de Bombeiros.



Até agora, o MP comprovou a participação de doze homens no esquema de exploração sexual, entre eles ex-agentes públicos, auditores da Receita Estadual e empresários. Dez deles foram presos e outros dois seguem foragidos. Conforme as investigações, os acusados teriam mantido relações sexuais com mais de 50 adolescentes em Londrina no decorrer dos últimos 13 anos.

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