Conforme as investigações, algumas das relações teriam acontecido durante as festas promovidas pela dupla e por aliciadoras já identificadas pelo Ministério Público (MP). A promotora não quis revelar os locais dessas festas. Walid Kauss é dono de uma imobiliária em Londrina e Antônio Crippa Neto é empresário no município de Cambé.
Gina Mardones/Equipe Folha
O empresário Walid Kauss
Suzana de Lacerda também não soube informar se os empresários conheciam os outros suspeitos de integrar a rede de exploração sexual. "Os dois têm envolvimento com aliciadoras e meninas que já haviam sido identificadas anteriormente, mas não dá para dizer que eles conheciam os outros suspeitos. Provavelmente a gente vai fazer essa pergunta e, obviamente, eles vão negar", argumentou.
Os policiais do Gaeco cumpriram os mandados de prisão dos empresários e, também, de busca e apreensão nas casas e empresas dos acusados. Informações apuradas pelo Bonde dão conta de que um computador apreendido na residência de Kauss continha fotos eróticas de garotas. O advogado dele, Ronaldo Neves, afirmou desconhecer a existência do material. Ele reiterou, ainda, que seu cliente admite ter se relacionado sexualmente com duas garotas, mas que ambas afirmaram, no ato do programa, serem maiores de idade. Neves deve apresentar um pedido de habeas corpus na próxima segunda-feira (13) para tentar liberar o empresário, que segue detido no quartel do Corpo de Bombeiros.
Até agora, o MP comprovou a participação de doze homens no esquema de exploração sexual, entre eles ex-agentes públicos, auditores da Receita Estadual e empresários. Dez deles foram presos e outros dois seguem foragidos. Conforme as investigações, os acusados teriam mantido relações sexuais com mais de 50 adolescentes em Londrina no decorrer dos últimos 13 anos.
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