quarta-feira, 17 de junho de 2015

Agente da PEL foi executado a mando do PCC, afirma delegado Polícia Civil apresentou dois envolvidos na execução de agente em Cambé; novas prisões ainda devem acontecer

A Polícia Civil de Londrina apresentou na tarde desta quarta (17) o segundo suspeito de envolvimento na execução do agente penitenciário Kevin Souza, 21, assassinado a tiros na segunda-feira (15), na porta de casa, em Cambé.
Na ocasião, a polícia atribuiu o crime a uma ação encomendada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção domina presídios em Londrina, no Paraná e em São Paulo. A prisão da dupla foi fruto de uma operação integrada entre as polícias civil e militar, com apoio do Departamento Penitenciário (Depen).
O segundo preso, de 27 anos, foi capturado nesta quarta-feira (17), em Arapongas, e seria o mandante do crime. O primeiro, de 19 anos, havia sido detido em Cambé, um dia após o homicídio, na terça-feira (16). Ele chegou a confessar, mas depois negou participação no caso.
De acordo com os investigadores, o preso já passou pelas duas unidades da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 1 e PEL 2) e também tinha cumprido pena na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara. “Sempre que deixava o sistema, prometia a morte de vários agentes e gostava de ameaçar. É um elemento extremamente perigoso ”, atestou o delegado-chefe, Sebastião Ramos dos Santos.
Apesar das afirmações enfáticas, Santos evitou revelar, de fato, quais pistas levaram a polícia aos suspeitos detidos. Também não quis detalhar como se relacionariam com a facção criminosa. “Com certeza absoluta eles tinham conexão com o PCC. Tudo indica que eles tinham uma missão: matar ao menos um agente”, explicou.
A Polícia Civil acredita que o assassinato do agente Kevin tem relação com um atentado contra outro agente penitenciário, baleado, no fim de maio, na zona norte de Londrina. Na época, os criminosos dispararam 22 tiros contra a vítima, que ficou em estado grave. Duas pistolas e um veículo foram encontrados, mas ninguém havia sido preso.
“O clima no sistema é o pior possível. A morte do Kevin abalou muito todo mundo”, lamentou Reginaldo Peixoto, representante do Depen e coordenador do serviço de ressocialização de presos (Creslon).
“O agente assassinado era exemplar: um funcionário excelente sem nenhum histórico de atrito com presos . Foi uma execução cruel”, afirmou Peixoto, dando a entender que o agente foi escolhido aleatoriamente para morrer.
O integrante do Depen confirmou que os presos da PEL 2, ainda na noite de segunda-feira, (15),comemoraram, aos gritos, a execução do agente. “Todos os agentes estão em alerta permanente. O momento exige que sejamos frios”.
Fonte : JL: Marcelo Frazão

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